Cemig registra aumento de 50% em cortes de energia causados por pipas em Minas Gerais


 

A Cemig registrou um aumento de 50% no número de residências que tiveram sua energia cortada em decorrência de linhas de pipas em maio deste ano, comparado aos quatro meses anteriores. Entre janeiro e maio, cerca de 150 mil clientes foram afetados, com 672 registros no sistema elétrico em Minas Gerais.

Demetrio Aguiar, engenheiro eletricista da companhia, destaca que soltar pipa não é o problema, mas a prática deve ser realizada em locais descampados e sem o uso de linhas cortantes. “Quando uma linha de pipa é cortada, o vento pode carregá-la aleatoriamente, podendo cair sobre redes elétricas ou vias públicas”, explica Aguiar.

Ele enfatiza a necessidade de soltar pipas em áreas abertas e sem rede elétrica para evitar acidentes graves e interrupções no fornecimento de energia. “A partir de junho, com o aumento dos ventos e a proximidade das férias escolares, essa brincadeira tende a se intensificar. Em julho, isso se potencializa ainda mais. É crucial que pais e responsáveis estejam atentos para evitar acidentes com jovens e ocorrências no sistema elétrico”, alerta o engenheiro.

Aguiar também orienta que o resgate de pipas presas à rede elétrica deve ser evitado, ressaltando que a aproximação indevida para retirar pipas e o uso de linhas cortantes são os principais motivos de acidentes com a rede elétrica. 

A lei 23.515/2019 proíbe a utilização de cerol ou linha chilena no estado. Essa legislação, em vigor desde dezembro de 2019, veda a comercialização e o uso de linhas cortantes em pipas, papagaios e similares, impondo multas que variam de R$ 5.279,70 a R$ 263,98 mil para reincidência. Quando a linha apreendida estiver em poder de uma criança ou adolescente, seus pais ou responsáveis legais serão notificados, e o caso será comunicado ao Conselho Tutelar.



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